quinta-feira, dezembro 13, 2007

Fornos d'Algodres, um toque de modernidade!


Ja quase me esquecia que tambem tinha este blogue. Na realidade nao me tem esquecido, o que me tem faltado e tempo!

Pelo que enquanto nao conseguir alinhavar umas linhas, sobre a povoacao seguinte em ordem alfabetica, dou-vos a conhecer esta fotografia tirada no ultimo verao, no novo jardim de Fornos e, onde se pode ver o telhado e a torre sineira, da igreja de S. Miguel, que ja existia embora com outro templo em 1170!

segunda-feira, junho 25, 2007

O Vale de Alto Mondego!

Fornos de Algodres em primeiro plano, a seguir o "Vale do Mondego", ao fundo a "Serra da Estrela".

Nao vos vou dizer que e o mais vasto panorama, (normalmente o bairrismo excessivo tenderia para ai) mas e sem duvida uma vista grandiosa, a que se pode observar da "minha" Infias de adopcao!

Se D*us permitir dentro de uns poucos dias, poderei ai regalar a vista e encher os pulmoes do ar da nossa "Serra" (a Estrela claro). Para os que em ferias ou em viagem, desejem certificar-se se tenho razao ou nao, so tem que sair na saida da A25 para Fornos de Algodres, ali depois de subirem ao alto da pequena Serra da Esgalhada, (7oo metros) certificarem-se se tenho razao ou nao.

A titulo de curiosidade quero informar-vos que; "Algodres fica em cima, Fornos em baixo e Infias no meio"!!!

sexta-feira, junho 22, 2007

Forcadas; nas minhas quadras!

Aldeia antiga das Forcadas,
Tens vestigios do hebreu.
E uma importante necropole,
Onde me revejo eu.

E no "Penedo furado",
Donde ha antiga lenda.
Visita-lo e de importancia,
Para que a gente aprenda.

quinta-feira, junho 14, 2007

FORCADAS.

Uma vista de Forcadas. (no canto esquerdo esta o "nicho-oratorio" a que me refiro)

Assim superficialmente, poderiamos pensar que o toponimo "Forcadas", tenha algo que ver com forcas, enforcados, ou enforcamentos, ate seria uma explicacao bastante simples e de facil aceitacao. No entanto existe uma outra explicacao; Forcadas e um toponimo derivado e uma forca viaria, ou seja, sitio onde um caminho forcaria para varias direcoes. Esta explicacao tem bastante logica e estara provavelmente mais proxima da verdade.

Havera a possibilidade desses caminhos seram de fundacao romana, mas nao existindo nenhuns vestigios materiais, ficamos sempre com duvidas, no entanto e facto assente de que a romanizacao tambem ocorreu nestas terras.

Nao havendo nenhum documento que faca referencia a esta terra antes do seculo XVII, creio que a pequena aldeia tera evoluido de alguma das quintas que se referem no seculo XVI.

Junto da povoacao, existe uma necropole de sepulturas escavadas na rocha, com mais de duas dezenas desses sepulcros. Sao de forma retangular ou ovalada, pelo que gente entendida no assunto, coloca a sua fundacao nos seculos IX ou X. Isto por si so, prova o povoamento mais ou menos organizado nesta regiao, pelo menos desde a epoca "alto-medieval".

Relativamente perto tambem, existe uma area, em que se tem encontrado varia ceramica de construcao, que datara certamente do tempo do imperio romano.

Na pequena aldeia com uma grande parte das habitacoes em ruina, pode-se ver nalgumas delas, marcas relacionadas com "cristaos-novos", o indicia a presenca de judeus nesta aldeia.

Existe tambem um "nicho-oratorio" que datara quando muito do seculo XVIII. A sua pequena capela em honra de Nossa Senhora de Fatima, nao tem nada de relevante e foi construida na decada de setenta do seculo passado.

A semelhanca de outras pequenas aldeias vizinhas, a menos que aconteca algum milagre, dentro de poucos anos, tambem esta ficara completamente deserta e so sera habitada em alturas de ferias por uns poucos resistentes!


quinta-feira, maio 10, 2007

CORUGEIRA

Na falta de outra fotografia, uma vista da ribeira que corre perto desta aldeia.

Situada num dos extremos do actual municipio "Forno-Algodrense" a povoacao da Corugeira, desde sempre esteve incluida na antiga freguesia da "Funha", que presentemente e conhecida por "Fuinhas", com ela incorporada no antiquissimo concelho de Algodres.

Embora possa haver uma outra explicacao que desconheco, o toponimo tera que ver com a quantidade de corujas, que outrora tera havido por estes lados.

E uma povoacao pequena e em acentuado processo de desertificacao, nao lhe conhecendo nenhum outro motivo de interesse, para alem das paisagens belas e despoluidas!

A titulo de curiosidade informo, que devido a sua localizacao um pouco longe de tudo e ao seu fraco desenvolvimento, esta povoacao e conhecida "maldosamente" por "Africa" e os naturais sao "apodados" por "africanos!


Dizem que a Africa e aqui,
Nesta pequena povoacao.
Mandai calar essa gente,
Porque nunca aqui faltou o pao.


O aldeia da Curugeira,
Quase escondida na serra.
Aqui todos sao amigos,
Nesta tao pequena terra.

quinta-feira, maio 03, 2007

CORTICO (d'Algodres)

Igreja paroquial de S.Pelagio.


Embora existindo no limite desta freguesia uma Anta da epoca neolitica, o mais antigo documento escrito conhecido referindo esta povoacao data de 1170. (carta de Couto de Figueiro da Granja) Aparece nessa altura com o toponimo ; "Cortissolo", cuja origem a quem afirme estar relacionada com cortica. De facto nesta regiao havia outrora muitos sobreiros e azinheiros, entre carvalhos e castanheiros e outras especies autocones. Por vezes tambem aparece escrito "Corticolo, o "O" (com circunflexo) da terminologia actual, tem o mesmo significado que o "olo" medieval.

No entanto creio que a evolucao do toponimo tera sido outra.

Pelo que existe uma outra proposta para a origem do toponimo; o amigo Joffre Alves: http://couramagazine.blogs.sapo.pt/ diz-nos que vem da palavra latina "Cohorte", que era um pequeno abrigo para pastores e rebanhos, de onde vem tambem a nossa palavra: "Corte", e de facto mais consensual, pois rebanhos e pastores desde tempos imemoriais os houve por estas bandas. Na proximidade existem tambem mais dois toponimos relacionados; a "Quinta das Cortinhas"em Vila Cha e a extinta e arruinada "Aldeia das Cortes", no limite de Figueiro.

E muito provavel, que que esta aldeia tenha tido origem numa propriedade agricola romana, havendo ate a possibilidade de aqui ter passado algum caminho subsidiario da "Via Viseu-Egitanea-Merida", como se supoe. No entanto tanto quanto sei nunca foram identificadas nenhumas evidencias disto.

Existem tambem referencias a uns moinhos de "Cortizao", nas inquiricoes de D. Afonso III de 1258.

Em epocas mais recentes, sabe-se pelo "cadastro da populacao do Reino" de 1525, mandado efectuar por D. Joao III, que esta terra era uma freguesia-curato sufraganea de "Sancta Maria de Algodres" e tinha nessa altura 30 fogos (familias).

A sua igreja que creio datara da baixa idade media, tem por patrono S. Pelagio cuja festa se celebra em 26 de Junho. E um santo muito popular desde os tempos da reconquista crista, aparecendo noutras localidades como S. Paio ou S. Pelaio, mas na realidade e o mesmo santo.

O templo e modesto e conserva um portal em arco de volta completa sem ornatos, creio que data da construcao original. Teve a fachada alteada e foi construido o actual campanario de duas ventanas, em 1878.
No seu interior para alem da talha barroca e alguma imaginaria, conserva um pulpito de granito fino, do seculo XVII com uma data de caracteres invulgares.

Existiu nesta aldeia ate ao seculo XVIII, uma antiga capela com a invocacao do Espirito Santo. Por essa altura estando em ruina, acabou demolida e a imagem foi vendido aos "Cerveiras da Cunha" tendo sido transferida para a capela daqueles fidalgos, sita na "Quinta dos Telhais" na vizinha freguesia de Maceira.

Junto a estrada que sobe depois a Serra da Barroca, encontra-se uma casa oitocentista, que se supoe ter pertencido aos "Magalhaes"; familia nobre que aqui residiu pelo menos ate ao seculo XVII (em 1645, foi um membro desta familia investigado pela "inquisicao", tendo-se chegado a conclusao, que nesta familia nao existia nenhuma ligacao aos judeus, ou a pessoas mecanicas, e "eram da nobreza antiga").

Tambem aparecem documentadas em 1624 as familias Payvas e Albuquerques e em 1649 os Ferreiras e Rebelos.

Anexo a "Casa do Cabo" (solar dos Magalhaes) encontra-se recuperado um antigo lagar de azeite, funcionando como polo museologico, aqui fazem-se provas gastronomicas onde o azeite e rei.


O terra de Cortico,
Rodeada de oliveiras.
Meu querido S. Pelagio,
Padroeiro das queijeiras.


Depois de subir a Barroca,
No planalto da "terra fria".
Esta A "Casa da Orca",
De outro passado que havia.


Ja ca houve o Santo Espirito,
Numa antiga capela.
Tens um solar e lagar restaurado,
Antes de se subir a serra.

quinta-feira, janeiro 18, 2007

Ainda o Santo Amaro!

Celebrou-se a trez dias a festa de Santo Amaro, na freguesia de Fuinhas no concelho de Fornos de Algodres, mas foi hoje que me lembrou um conto meio satirico (que me desculpe o santo) que me ensinou minha mae, quando crianca, desculpem se nao o souber contar com tanta graca:

Indo dois vagabundos por um caminho encontraram umas "alminhas", e como era tradicao teria que rezar-se alguma oracao pelas almas do "purgatorio", acontece que os dois individuos nunca tinham andado por igrejas e muito menos na catequese, pelo que nao sabendo o que dizer, um deles comecou;

"Santo Amaro mae de D*us,
Filho da Virgem Maria.
Rogai a vosso Bendito Filho,
Por nos pecadores, Padre Nosso, Ave Maria.

Terminando a oracao diz-lhe o outro, ai irmao que bem que rezas, quem me dera saber rezar como tu!

terça-feira, janeiro 02, 2007

JANEIRO 2007; festas fornenses e nao so!

Capela de Santo Amaro, freguesia de Fuinhas. (fotografia "roubada" do site municipal; http://www.cm-fornosdealgodres.pt)
Ca estou novamente a divulgar, as actividades festivas e culturais a realizar no mes de Janeiro, no concelho de Fornos de Algodres


1 de Janeiro:


Dia primeiro do ano; e costume antigo o canto as "janeiras", acontecem naturalmente em todas, ou quase todas as povoacoes do municipio. Sao normalmente expontaneas e usam-se versos populares, que sao passados de geracao em geracao.

Existem isso sim, variacoes na musica e entoacao de terra para terra, que tornam estas tradicoes ainda mais interessantes.


6 de Janeiro:


Dia de reis; neste dia outrora feriado nacional era usual cantarem-se tambem os "reis" era uma variacao das "janeiras", normalmente com algumas adaptacoes nos versos. E uma tradicao em desuso, que seria interessante reviver.


15 de Janeiro:


Dia de Santo Amaro; Fuinhas.

Santo protector dos deficientes e das doencas relacionadas com as pernas, (reumatismos, pernas partidas etc,)

Celebra-se nesta aldeia desde tempos imemoriais. A romaria normalmente cumpre-se com varias voltas a capela e, a festa consiste de missa e procissao, e habitual a oferta ao Santo de pernas, pes e outras partes humanas moldadas em cera.

Este patrono venera-se numa antiga capela situada no lugar de "Santo", na freguesia de Fuinhas.

A capela oitocentista, e uma construcao em granito regional com um pequeno campanario. No seu interior pode-se admirar um tecto barroco em caixotoes com pinturas iconograficas.


E tradicao que em dia de Santo Amaro, haver varias mudancas meteorologicas, entao povo normalmente canta:


Santo Amaro das Fuinhas,

Quando nao chove remoinha.

Quando nao remoinha, faz vento,

Em dia de santo Amaro, nunca faz bom tempo.


Tambem e costume a seguinte fraze entre as nossas gentes:


"Para baixo todos os santos ajudam, para cima so Santo Amaro e ainda por cima e coixo."



20 de Janeiro;


Sao Sebastiao, Figueiro da Granja.


Embora o dia festivo seja o dia 20, para conveniencia a festa e sempre transferida para o fim de semana a seguir, portanto este ano sera nos dias 20 sabado e 21 domingo.

Santo e Martir e considerado patrono dos militares, S. Sebastiao e muito venerado na nossa regiao, segundo a historia (ou lenda) foi um general romano, que devido ter se tornado cristao, foi mandado martirizar pelo imperador da altura.

Esta festa em Figueiro da Granja, consiste de arraiais populares, Uma procissao em que o santo e transportado para a igreja, missa solene seguida de procissao solene pelas ruas da antiga vila, retornando a imagem com outra procissao a capela. (Como ultimamente nao se tem realizado a festa de S. Silvestre, que referi no mes anterior, tem tambem este santo o previlegio de passear de andor neste dia.)



S. Sebastiao, e tambem santo padroeiro da freguesia de Maceira e, da outora freguesia e hoje simples povoacao de Ramirao, freguesia de Casal Vasco, onde tambem e festejado.


Embora extra concelhio mas devido a proximidade e tradicao das nossas gentes, passo a divulgar a anual"Feira dos 20" realiza-se tambem no dia 20 de Janeiro, na povoacao de Mosteiro, vizinha freguesia de Pena Verde, mas ja no concelho de Aguiar da Beira. Embora seja feira antiquissima e de nomeada na nossa regiao, tem sido tambem aproveitada ultimamente para iniciar o ciclo das "Feiras do Queijo da Serra".


Passem por esta regiao, e experimentem festas, tradicoes e sabores unicos!